Mulheres têm mais risco de quedas em escadas, aponta estudo

Escolha do calçado correto pode evitar lesões, adverte ABTPé

As mulheres têm mais chances de se machucarem em quedas de escadas do que os homens. É o que indicou um estudo recente da Universidade Purdue, nos EUA, ao analisar o comportamento de 2.400 adultos jovens enquanto desciam escadas, com foco em identificar os fatores que aumentam o risco de quedas.
Mulheres jovens apresentaram um maior número de comportamentos de risco em comparação com os homens. Elas eram menos propensas a usar o corrimão ao descer as escadas, andar com as mãos ocupadas, usar dispositivos eletrônicos e conversar com colegas durante a descida. Além disso, a escolha de calçados também influenciou o risco de quedas. Mulheres jovens tinham maior probabilidade de usar sapatos de risco, como sandálias e saltos altos, que podem comprometer o equilíbrio.

Um dos principais problemas do uso frequente de sapatos de salto alto é o aumento do risco de entorses e lesões nos tornozelos e pés. Isso ocorre devido a vários fatores biomecânicos que são afetados quando se usa esse tipo de calçado, podendo causar instabilidade no tornozelo.

“A altura do salto coloca mais pressão na parte frontal do pé, fazendo com que o centro de gravidade seja deslocado para a frente. Isso pode tornar mais difícil manter o equilíbrio ao caminhar e, consequentemente, aumenta a probabilidade de entorses”, explica o presidente da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé (ABTPé), Luiz Carlos Ribeiro Lara.

Usar saltos também altera a maneira como as pessoas andam, pontua o especialista. “As passadas são mais curtas e o movimento do pé é afetado, pois o calcanhar não toca o chão completamente, como acontece em calçados mais planos. Esse padrão de caminhada alterado pode levar a perda de equilíbrio e tropeços, aumentando o risco de quedas”.

O presidente da ABTPé ressalta a importância de escolhas de calçados adequados para cada tipo de atividade e, inclusive, para atividades casuais. Ele também destaca que, independente do calçado utilizado, evitar distrações é fundamental para prevenir quedas em escadas. “Evite dispersar a atenção, como por exemplo, caminhar utilizando o celular. Ao subir ou descer escadas, apoie-se nos corrimões e coloque toda a sola do calçado no degrau. Se a superfície for estreita, pise em diagonal para não correr o risco de tropeçar”, recomenda. “Atente-se também a superfícies irregulares, como terrenos acidentados, tapetes, gramas, pisos escorregadios ou molhados”, conclui.

Crédito da Foto: Divulgação

Sobre a ABTPé
A Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé (ABTPé) foi fundada em 1975 com a missão de unir a classe médica na especialidade, além de estimular o intercâmbio de informações científicas, fomentando a educação continuada entre os especialistas de pé e tornozelo no Brasil. Também tem a responsabilidade de esclarecer a população sobre os temas relacionados à especialidade.

A ABTPé está à disposição para informações e entrevistas sobre a saúde e cuidados com os tornozelos e pés, trazendo esclarecimentos sobre diversos temas, como acidentes nos esportes com lesões, acidentes domésticos com lesões, deformidades, pé diabético, cuidados com o uso de saltos altos, joanetes, fascite plantar, esporão do calcâneo, calos e calosidades, metatarsalgia, neuroma de Morton, gota, artrite, entorse, fraturas, entre outros.


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